A ilusão do controle: Quando a autoridade vira máscara.


A Ilusão do Controle: Quando a Autoridade Vira Máscara

Gemini Serpens | Autor da trilogia “Onde Morrem as Sombras” e Guia de Reestruturação Emocional Pós Abusos Invisíveis

Ele se comporta como se estivesse acima de tudo.

Como se tivesse o direito de ditar o que é certo ou errado, o que é aceitável ou vergonhoso, o que pode ou não ser sentido.

A fala é firme. O tom, autoritário.

Mas o que parece segurança… é controle disfarçado.

O que parece liderança… é onipotência mascarada.

Essa postura não nasce do amor.

Nasce do medo de perder o domínio.

Nasce da necessidade constante de reafirmar poder — porque, lá no fundo, ele sabe que não o tem de verdade.

A confusão entre autoridade e onipotência

Pessoas manipuladoras muitas vezes acreditam que estão no comando porque sabem mais, trabalham mais ou têm mais “autoridade”.

Mas o que praticam não é liderança — é opressão simbólica.

Elas confundem o respeito com a obediência.

A admiração com o medo.

A presença com imposição.

Esse tipo de figura se alimenta de um script onde os outros devem se moldar a ele, nunca o contrário.

E, por um tempo, o sistema funciona — até que alguém desperta.

O despertar: quando a máscara começa a cair

A ilusão de onipotência é sempre temporária.

Em algum momento, o jogo se revela.

As incoerências aparecem.

As reações viram forçadas.

O tom, antes imponente, passa a parecer teatral.

E você, antes impactado… começa a enxergar com clareza.

É aí que a estrutura emocional do manipulador começa a ruir:

Porque quem já viu a verdade não consegue mais desver.

Mas o que ainda te prende a essa dinâmica?

Mesmo depois de acordar, às vezes ainda há um elo invisível.

Um sentimento, uma culpa, um resquício de medo.

Ou talvez uma dependência externa: trabalho, vínculos sociais, reputação.

Por isso, a pergunta agora é profunda:

O que ainda te prende a esse ciclo?

É algo externo — como o ambiente profissional que te obriga a conviver?

Ou é algo interno — como a crença de que ainda precisa provar algo?

Talvez ainda exista:

  • Um resíduo de medo de decepcioná-lo.
  • Uma dúvida sobre a própria capacidade.
  • Uma ferida não resolvida que ele toca com precisão.
  • Ou até um desejo de que, um dia, ele reconheça sua força.

Tudo isso precisa ser nomeado para poder ser dissolvido.

Porque o laço não se desfaz apenas com distância física — ele se rompe com clareza emocional.

Conclusão

Ele parece forte, mas precisa controlar para existir.

Você parece vulnerável, mas está aprendendo a se libertar.

E há algo que ele jamais entenderá:

Quem desperta nunca mais cabe no teatro.

Quem viu a farsa não se emociona com o roteiro.

E quem se reconecta consigo… nunca mais se curva.

Então respire, olhe para dentro — e identifique o que ainda falta soltar.

Porque no momento em que você solta, ele desaba.

🌀 Projeto Consciência Sem Correntes — Um ecossistema que traduz aquilo que você sente, mas não consegue explicar.

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