As raízes do desejo de controle.


As Raízes do Desejo de Controle

🔏Por Gemini Serpens – Autor da trilogia “Onde morrem as sombras”.

Por que algumas pessoas precisam tanto controlar as outras?
O desejo de controle e domínio não surge por acaso. Ele é resultado de uma combinação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais, que podem se manifestar de forma saudável — ou altamente destrutiva.

  1. Raiz Biológica: Instinto de Sobrevivência e Hierarquia

Desde os tempos antigos, os humanos formaram grupos sociais hierárquicos. Em contextos tribais e primitivos, estar no topo da hierarquia significava acesso a recursos, proteção e reprodução.
• Hierarquia e poder: O cérebro humano foi moldado por milhares de anos para reconhecer líderes e estruturas de comando.
• Medo do caos: Em momentos de instabilidade, o controle é visto como segurança. Pessoas que não toleram o imprevisível tendem a tentar dominar o ambiente à sua volta.

  1. Raiz Psicológica: Insegurança e Necessidade de Validação

Por trás do comportamento controlador, muitas vezes existe um medo profundo de rejeição, abandono ou humilhação.
• Pessoas controladoras geralmente são inseguras, mesmo que pareçam confiantes por fora.
• Controle como defesa: Ao tentar dominar tudo, elas sentem que reduzem as chances de serem feridas.
• Vício em poder: O poder ativa os centros de recompensa do cérebro — o mesmo circuito do prazer. Isso explica por que alguns se viciam em controlar.

  1. Raiz Social e Cultural: O Controle como Pilar de Estrutura

O mundo sempre funcionou com base em sistemas de comando. Desde os impérios antigos até as corporações atuais, o controle está no centro da organização social.
• Poder e status: Ser alguém “no controle” é frequentemente admirado ou desejado.
• Modelos aprendidos: Quem cresceu em lares autoritários ou ambientes manipulativos pode repetir esse padrão sem perceber.

🎯 Conclusão: O Controle Como Espelho da Personalidade

Controlar pode ser um ato de organização, proteção e liderança. Mas também pode ser um reflexo de medos profundos, traumas e carências emocionais.
• O controle saudável busca ordem sem ferir a liberdade do outro.
• O controle tóxico anula, manipula e sufoca.
Pessoas como o Dr. Enrosco não controlam por segurança, mas por identidade. Perder o controle, para eles, é perder o próprio senso de importância.

Reconhecer essas raízes é o primeiro passo para não cair mais nesse tipo de jogo.

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