
Quando o Ego Passa dos Limites
🔏 Gemini Serpens | Autor da trilogia “Onde Morrem as Sombras” e Guia de Restruturação Emocional Pós Abusos Invisíveis.
O ego como combustível
Há um perfil de profissional que, à primeira vista, parece brilhante:
inteligente, destemido, visionário.
Mas, quando olhamos mais de perto, percebemos algo preocupante:
o que move essa pessoa não é o desejo genuíno de inovar —
mas a necessidade compulsiva de ser visto como superior.
Ele precisa estar à frente.
Precisa ser o pioneiro.
O único que sabe.
O único que pode.
Tudo o que ele faz gira em torno da imagem:
a imagem do gênio incompreendido,
do visionário perseguido,
do salvador injustiçado.
Quando essa mentalidade se impõe, a ética profissional vira detalhe.
O que realmente importa é proteger a própria grandiosidade.
Acima das regras
Se o órgão que regula a profissão não aprova, o problema é do órgão.
Se outros profissionais discordam, é porque “não têm coragem”
ou “ainda não enxergaram como ele”.
A regra nunca se aplica a ele.
O erro nunca é dele.
E a culpa, quando aparece, será sempre de outra pessoa.
Esse padrão é típico de perfis manipuladores com traços narcisistas:
ultrapassam os limites porque se veem acima dos outros —
e acima da ética.
O risco para os outros
O maior problema é que as consequências do ego alheio
não caem sobre ele — mas sobre quem está ao redor:
- Clientes que confiam e são deixados à própria sorte;
- Colegas que tentam alertar e são descredibilizados;
- O sistema inteiro, que se vê contaminado pela arrogância velada.
Quando algo dá errado, ele culpa:
- o sistema,
- o cliente,
- o método,
- ou até o “universo”.
Mas nunca a si mesmo.
A ausência de limite
Para esse tipo de perfil, o limite não vem da ética, nem da empatia.
O único freio é o quanto ele consegue fazer antes de ser impedido.
Se ninguém barra, ele avança.
Se ninguém questiona, ele segue.
Se ninguém confronta, ele domina.
Até onde?
Até o primeiro colapso.
Ou até cruzar com alguém que não tenha mais medo de dizer:
“Basta.”
🌀 Projeto Consciência sem Correntes | Um local para dar nome ao que você sente mas não consegue explicar.
